segunda-feira, 27 de abril de 2009

SOCIEDADE: ADOLESCÊNCIA E SEXO

Há tempos esse tema, tido como tabu, vem sendo superando pela sociedade moderna. O sexo não é mais visto como algo sagrado, que deve ser feito somente com o cônjuge. Ao contrário, hoje ele é praticado de forma mais liberal e cada vez mais cedo. Aqui veremos como o jovem atual lida com esse tema.

Uma das grandes preocupações dos pais através dos tempos sempre foi a vida sexual dos filhos. Está não é, como muitos afirmam uma preocupação moderna. É uma coisa que preocupou os pais desde sempre. Só que até algumas décadas esse assunto era resolvido com uma grande dose de repressão e mantendo as crianças e os jovens no desconhecimento, na ignorância, por vezes total, sobre o assunto.
Os pais não conversam com os filhos, os quais tratavam de se informar do modo que conseguiam: lendo escondidos livros e revistas que encontravam, conversando com amigos, irmãos mais velhos etc. Uma vasta rede de informações, muitas vezes com dados incorretos e fantasiosos, sempre funcionou no sentido de suprir essa necessidade básica.
Hoje, as coisas caminham de forma diferente. Embora nem todos os pais consigam ainda conversar sobre sexo com os filhos, já aumentou bastante o número dos que se sentem à vontade para esclarecê-los e orientá-los.
Há basicamente dois tipos de pais: os que conversam sobre tudo com os filhos abrem o jogo e sentem-se confortáveis ao abordarem assuntos como sexo, aborto, homossexualidade, gravidez, e aqueles que, ou por não se sentirem bem ou por não acharem conveniente, consideram esses tópicos fora de questão, não havendo, portanto nenhum tipo de diálogo sobre isso. Entre esses dois, temos intermediários. Alguns falam através de metáforas, outros conseguem abordar apenas alguns aspectos, setindo-se intimidados ou despreparados para a conversa franca sobre alguns outros temas.
O ideal seria que todos os pais tivessem liberdade consigo próprio para poderem transmitir essas informações fundamentais aos filhos, mas, quando não é o caso, melhor é reconhecer isso e buscar outras soluções. Nada pior do que falar algo que não se sabe ou que se aborda timidamente ou de forma exagerada, passando ao interlocutor seus próprios temores. Dar aos filhos bons livros e artigos sobre o tema é uma forma interessante de contornar essa timidez, desde que isso seja feito na hora em que a criança ou o jovem demonstram interesse no assunto, e não uma obrigação ou uma aula de didática ou de geografia.
Tem gente que acha perigoso conversar porque acredita que isso poderia despertar o adolescente precocemente e levá-lo a iniciar sua vida sexual mais cedo. Esse medo, em geral, existe também em relação às drogas. Entretanto, vários estudos vêm mostrando que o saber não leva as decisões impensadas; ao contrário. Uma pesquisa recente em escolas que tinham em seu currículo aulas sobre educação sexual, na Inglaterra, verificou que seus alunos não tiveram iniciação sexual mais precoce do que os outros. Ao contrário, nessas escolas, a iniciação do jovem ocorria mais tarde. Na verdade, é muito mais provável que uma adolescente despreparada engravide, por exemplo, do que as suficientemente informadas sobre contracepção. No Brasil, o número de nascimentos por ano de crianças filhas de adolescentes é de um milhão. Já pensaram? Um milhão de bebês a cada ano, filhos de jovens que mal saíram da infância? Será que elas estavam bem informadas se isso ocorreria? A opção por iniciar a vida sexual também pode estar, em alguns casos, ligada à curiosidade. Muitas Jovens tiveram sua primeira relação sexual só para ver como é. Talvez, se tivessem acesso a informações uma parte de sua curiosidade estivesse satisfeita. Talvez muitos mitos ainda existentes sobre sexualidades também já tivessem se desfeito, se não houvesse tanta desinformação. Por incrível que pareça, ainda é grande o número de pessoas que acredita que uma vez só não engravida, ou que sem penetração a gravidez não é possível, ou ainda que masturbação dê espinha ou pêlos etc.
É muito importante que entendamos, como pais modernos e interessados no bem estar de nosso filhos, que a adolescência é exatamente o momento em que há o despertar natural pelo sexo. É dádiva, é da idade. Os hormônios estão a mil, a pele está elétrica, a beleza da idade atrai. É muito importante, portanto, conversar muito e esclarecer – para diminuir os ricos.
Temos que considerar também outro fenômeno interessante que ocorre hoje. Alguns pais querem conversar, e são os filhos que não querem falar sobre isso com eles. Se isso ocorrer, não é caso para o desespero, nem carece ficar imaginando ou interpretando o porquê. Ou então são mais introspectivos, ficam pouco à vontade com os pais para abordar tais assuntos. O que fazer nesses casos? Dar um ou dois bons livros sobre o assunto (mesmo que eles digam que não querem), como foi dito antes, é uma boa opção. A outra é se colocar à disposição para quaisquer momentos em que eles precisem da gente (pais). É isso. Demonstrar disponibilidade, estar acessível, de modo a que eles sintam isso de uma forma concreta e muito real.

2 comentários:

  1. Olá. Coloquei link do meu blog para o seu por gostar dos seus escritos, sou sua seguidora aqui. Recentemente vc tb me adicionou como amiga a partir do blog da Luciana.
    Se quiser visite o meu blog
    www.sapientias.blogspot.com
    abç

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  2. Passe no meu blog para buscar o selo "Este blog é uma jóia", é um prêmio, seu blog merece.
    Abraços

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