quarta-feira, 7 de setembro de 2011

A Geografia e o Meio Ambiente na Nova Ordem Mundial

No cenário da Nova Ordem Mundial, as questões se tornam cada vez mais mundiais e cada vez menos estritamente locais. Destaca-se, entre essas questões de interesse global, o meio-ambiente e a consciência de que a destruição ambiental não traz conseqüências, apenas, a um determinado ecossistema de um país ou de um continente, mas para todos os que moram no que se convencionou denominar de "Aldeia Global". Esse cenário foi construído a partir de modificações filosóficas, genericamente denominadas de "Globalização" (entrelaçamento das economias, maior interdependência e intercâmbio entre as nações) ou "Modernização", as quais produziram novos paradigmas em, praticamente, todos os aspectos da vida moderna. Entre esses paradigmas, criou-se uma nova visão e tratamento ao "Cliente" externo e interno de uma instituição, redirigindo todos os esforços da organização para a busca de sua total satisfação (Deming, 1987 , Tofler 1992). Além do tradicional consumidor, esses paradigmas consideram como cliente externo, o meio-ambiente, ao qual deve ser dispensado o mesmo tratamento dado aos demais clientes. Por outro lado, e devido ao progressivo crescimento populacional, tornou-se necessário o aumento da produção de alimentos, minérios e demais bens de consumo essenciais à manutenção da espécie humana. É evidente que, o atendimento desta demanda, gera obrigatoriamente, impactos ambientais negativos, quer pelo desmatamento de florestas nativas para o plantio, quer pela emissão de resíduos das fábricas, ou ainda, pela movimentação da terra para a extração de minérios entre outros. A maior circulação de mercadorias - como matéria-prima, máquinas, bens industrializados, semi-industrializados, etc. - leva também à circulação e, até mesmo, à imposição de idéias. Assim sendo, a consciência ecológica que chegou primeiro aos países desenvolvidos, alcançou, também, principalmente por imposição, os países subdesenvolvidos. Nesses países em processo de desenvolvimento econômico que ainda se utilizam da Vantagem Competitiva de seus recursos naturais (Adam Smith, 1723 in Toffler 1980), há necessidade de explorá-los, uma vez que esses recursos representam uma das poucas alternativas de obtenção de recursos financeiros e fonte de renda para a população, comumente pobre (o Brasil, mais particularmente o Nordeste brasileiro e especialmente o Estado do Rio Grande do Norte, está inserido nesse contexto mencionado). Tais países, tradicionalmente, exportadores de matéria-prima para as chamadas nações desenvolvidas (aquelas que já esgotaram seus recursos naturais, e que produziram uma consciência de preservação ambiental através de uma legislação impeditiva de maior degradação da natureza) necessitam de mudanças nos programas de política ambiental. Entretanto, os Países Desenvolvidos conseguiram avanços acerca das políticas ambientais, através de reivindicações populacionais, desde a década de 60. Os Estados Unidos da América foram pioneiro desse movimento, criando a National Environmental Policy Act (NEPA) em 1969, que tornou obrigatório a elaboração de Relatórios de EIA (Estudo de Impactos Ambientais). A partir de então, os projetos, programas, atividades e propostas de legislações do Governo Federal só poderiam ser executados a partir da aprovação do EIA/RIMA (Estudo de Impactos Ambientais e Relatório de Impacto Ambiental) que seriam elaborados por uma equipe interdisciplinar. Nesses relatórios, elaboram-se diagnósticos do meio-ambiente, envolvendo os meios físicos, biológicos e antrópicos e se definem os impactos, positivos e negativos, considerando os casos de instalação e não-instalação do empreendimento. Os Relatórios de EIA/RIMA devem, ainda, considerar as medidas de controle, mitigação e recuperação ambiental, caso o empreendimento em consideração venha a ser instalado. Ainda na Conferência das Nações Unidas para o Meio-Ambiente, em Estocolmo no ano de 1972, a questão ambiental, realmente, torna-se problema planetário. Os países desenvolvidos apresentam as implicações da questão ambiental para a questão econômica-social e propõem, também, maior participação do cidadão, demonstrando a necessidade da implementação da educação ambiental para uma maior consciência ecológica. Porém, só na década de 80 é que se discute mais sobre o assunto e a EIA torna-se implementada a nível mundial. Já o final da década de 80 traz consigo grandes mudanças sócio-político e econômicas, tais como: a queda do Muro de Berlim, mudanças e fim da URSS, fim da guerra fria e da bipolarização mundial (Bloco dos países comunistas x Bloco dos países capitalistas), entre outras. Dessa forma, o mundo tornou-se Multipolar e as preocupações mundiais tornam-se globalizadas e voltadas, também, para o meio-ambiente e a questão ambiental toma um novo rumo e um grande avanço. Na década seguinte (90), realizou-se a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio-Ambiente e Desenvolvimento (20 anos depois da Conferência de Estocolmo). A citada conferência, a ECO 92, foi realizada no Rio de Janeiro de 3 a 4 de junho, onde se reuniram pessoas de várias nações, níveis sociais e intelectuais, como chefes de Estado, cientistas, ambientalistas, ONGs, jovens, adultos, crianças, índios, etc. Segundo afirma Magnolli & Scalzaretto (1994: p. 133) :A Conferência do Rio de Janeiro discutiu uma vasta temática, ligada aos climas globais, às florestas e a biodiversidade. Entretanto, poucos acordos práticos foram alcançados, em virtude dos múltiplos interesses divergentes entre as dezenas de países participantes." A referida conferência conseguiu chamar a atenção do mundo para os desmandos contra o meio ambiente, pois objetivava os estudos referentes aos problemas ambientais e humanos do planeta além de encontrar soluções e tomar decisões. Contudo, depois de várias discussões, alguns pontos foram "amarrados" como a elaboração da agenda 21 segundo a qual afirma Poloni (1996:p.2): "...estabeleceu as metas e as estratégias para o equacionamento dos grandes problemas ecológicos e para o desenvolvimento harmonioso das sociedades no próximo século. (...) Esses são os grandes desafios da humanidade na busca de uma ordem ambiental planetária que supere as divergências entre países e blocos de nações."Mais tarde, outro evento veio acrescentar ao que tinha sido decidido na ECO-92. Esse evento, conhecido como "Rio + 5", realizado no Rio de Janeiro em 1997, teve como objetivo pôr em prática projetos, anteriormente, estabelecidos na conferência de 1992. Porém, os países subdesenvolvidos, marcados pela sua herança histórico-colonial, trouxeram uma carga de dependência político-econômica, traduzida no comércio e na Divisão Internacional do Trabalho (DIT), que refletiu nas relações econômicas dos dias atuais. Assim, para ingressarem na economia global, os países subdesenvolvidos tinham que submeter-se às exigências do mercado externo, onde, muitas vezes, exportavam parte de sua produção de matérias-primas. Essa exploração causa a degradação ambiental, tornando-se mais acentuadas nos dias atuais. Atualmente, além da dependência em relação ao comércio internacional, outra forma de dependência - que está intimamente ligada a anterior - são os vultuosos empréstimos internacionais, que se transformam em gigantescas dívidas externas dos Países Subdesenvolvidos. Esses Empréstimos Internacionais ocorreram concomitante à crise do Petróleo na década de 70, culminando em elevadas dívidas com o aumento das taxas de juros. Assim, muitos países, inclusive o Brasil, viram-se "presos" às dívidas e aos juros, que, muitas vezes, buscavam novos empréstimos na tentativa de amortecer parte da dívida. Conseqüentemente, na década de 80, os credores, como o Banco Mundial e o FMI, começaram a pressionar os países devedores no intuito de que estes redefinissem suas políticas nas áreas econômicas e sociais, recaindo o ônus, principalmente, na área social - inclusive no meio ambiente - na tentativa de pagar a dívida ou parte dela. Porém, esta prática, além de gerar um caos econômico, aumentou ainda mais as desigualdades sociais - as quais poderiam ser uma ameaça à estabilidade financeira internacional - e que, muitas vezes, provocavam ainda mais a degradação ambiental. Surgiu, assim, um conceito a partir do que propunha Thomas Lovejoy, de que fala o Manual Global de Ecologia (l993:p.47): "Um plano inovador para aliviar a dívida e as pressões ambientais nas nações em desenvolvimento é 'Trocar Dívida por Natureza', usado com sucesso na Bolívia, Equador, Costa Rica e nas Filipinas". Essa proposta implicava em trocar a dívida externa dos países do Terceiro Mundo por natureza, ou seja, áreas de floresta, com suas espécies vegetais e animais, passariam ao controle de organizações como o "Conservação Internacional ( CI ) "e o "Fundo Mundial para a Vida Selvagem" . Com isso, muitos países se viram "obrigados" a promover ações mais eficazes de proteção à natureza, surgindo, então, leis que tornavam obrigatórios os relatórios de EIA/RIMA para ações de particulares e de Governo. Explica-se, dessa forma, porque muitos países, como o Brasil, começaram a "se preocupar" mais com a questão ambiental. Outro grande passo para a proteção ambiental, na década de 90, foi a criação da ISO l4000 , que é uma norma de gerenciamento do meio ambiente. Como afirma D'Avignon (1995: p. 14): "Uma norma ambiental é a tentativa de homogeneizar conceitos, ordenar atividades e criar padrões e procedimentos que sejam reconhecidos por aqueles que estejam envolvidos com alguma atividade produtiva que gere impactos ambientais. Servem para garantir que os serviços ou processos produtivos de uma organização sejam compatíveis com o meio-ambiente, ou seja, sustentáveis." O termo sustentável, auto-sustentável ou desenvolvimento sustentável, foi incorporado à questão ambiental e ao desenvolvimento sócio-econômico, como pré-requisito indispensável aos países que se propunham ingressar na nova ordem mundial. Dessa forma, o crescimento industrial atrelado às questões ambientais num mundo globalizado e a necessidade desse desenvolvimento ser auto-sustentável tende a tornar-se, progressivamente, num paradigma. Sobre este tema D'Avignon (op cit) ressalta que: "... foram surgindo no mundo movimentos e conceitos que hoje são utilizados freqüentemente. A expressão desenvolvimento sustentável, por exemplo foi popularizada pela Comissão Mundial do Meio-Ambiente e Desenvolvimento, nomeada pela primeira ministra norueguesa, Gro-Harlem Brunditand, no início da década passada." De acordo com a citação do autor, entende-se que o desenvolvimento sustentável tornou-se popular a partir desta comissão mundial do meio ambiente e desenvolvimento, onde a definição citada por D'Avignon (op cit), é: "O processo de desenvolvimento onde os recursos naturais são usados de forma racional para manter as condições de vida adequadas para as gerações atuais e futuras." Nesse caso, os países e as empresas precisam mostrar que estão "ecologicamente corretos", utilizando as chamadas "tecnologias limpas", modificando os processos e/ou os produtos, a fim de se adaptarem às mudanças atuais, para se manterem competitivos no mercado internacional. Para a confirmação das chamadas tecnologias limpas, a ISO 14000 fornece certificados dos sistemas de gerenciamento ambiental que abrange seis áreas: sistemas de gerenciamento, auditorias, avaliação do desempenho, rotulagem e análise do ciclo de vida e aspectos ambientais relacionados a produtos. Porém, toda problemática da questão ambiental, questionada nos países subdesenvolvidos, tiveram precedentes a partir da política econômica estabelecida pelos países desenvolvidos, os quais implementam a tecnologia aplicada nas sedes de suas empresas (implantados no mundo desenvolvido), ao passo que as filiais espalhadas pelo mundo subdesenvolvido são desprovidos de tecnologias adequadas para uma maior proteção ao meio ambiente. Diante desse aspecto, a questão ambiental ultrapassa a barreira "ecológica", para se engendrar na política e na economia; transpondo a barreira local para a global. Como afirma Paixão ( l981:p.215 ): "a questão ambiental não pode ser analisada como algo à parte, desvinculada da realidade social que a encerra". Portanto, não se pode conceber a dicotomia natureza e sociedade; não há como se fazer uma análise ambiental fragmentada do aspecto social (relações sociais, forças produtivas, etc. ) bem como deixar de lado os parâmetros espaço-temporal. Mediante a problemática exposta na Conferência de Estocolmo em l968, percebeu-se a necessidade de implementar-se a educação ambiental como parte básica e essencial de uma estratégia para solucionar os problemas relacionados ao meio ambiente. É nesse contexto que a Ciência Geográfica pode contribuir e ser de grande valia na formação de indivíduos, como cidadãos, que possam interferir na transformação da sociedade, de tal forma que haja um ambiente equilibrado. E, como afirma Fadini ( l996:p.320), isso pode ocorrer "através de um maior envolvimento social e político nas questões ambientais ". Muitas vezes, pensa-se que questões sociais, como a concentração de renda por exemplo, são de maior urgência que a ambiental, porém o que não se percebe é que a concentração de renda significa apropriação do espaço e por conseguinte da natureza. Assim sendo, ao se fazer um EIA/RIMA para uma indústria, deve-se ter uma visão da repercussão a nível sócio-econômico-ambiental bem como das implicações no desenvolvimento regional, evitando, assim, que o país entre na contra-mão da História e, por conseguinte, fique à margem da economia global. Por tanto, no encadeamento da Nova Ordem Mundial, em que as ciências procuram redefinir os seus rumos, a Geografia pode introduzir reflexões sobre a educação ambiental, contribuindo para uma possível solução, em que os países caminhem para um desenvolvimento sustentável, para uma gestão que atenda aos diversos interesses de forma a preservar o meio sócio-ambiental

A NOVA CRISE NOS ESTADOS UNIDOS

ENTENDA A CRISE DA DÍVIDA NOS ESTADOS UNIDOS
Por que os EUA precisam aumentar o limite da dívida?Os EUA chegaram ao limite de US$ 14,3 trilhões para sua dívida pública, e agoram querem subir para US$ 16 trilhões. Se o valor não aumentar, há risco de um calote nos investidores, e o mundo poderia entrar em recessão
No que é usado o dinheiro da dívida pública?Esse dinheiro é usado em gastos do governo, como obras, políticas sociais e pagamento de títulos de investidores
O que são os títulos da dívida?Para obter recursos, o governo vende títulos públicos, o que é uma espécie de empréstimo. O título é um papel e funciona como garantia de que o investidor receberá o dinheiro de volta depois de um período estabelecido em contrato. O dinheiro investido rende juros. Se não for pago, fica configurado o calote
Qual é a importância dos tíulos da dívida dos EUA?São considerados os mais seguros do mundo. Em caso de calote, haveria uma crise de confiança entre investidores
Quem compra títulos da dívida?Qualquer pessoa pode comprar os títulos da dívida americana, através de uma corretora. Porém, os principais clientes são países como China e Japão
O Brasil pode ser afetado?O Brasil tem cerca de US$ 211,4 bilhões (quase dois terços das reservas internacionais) aplicados em papéis do governo americano. Além disso, em caso de calote, os EUA reduziriam importações e investimentos. Uma recessão global reduziria o preço de commodities (como minério de ferro), que o Brasil vende
Qual a divergência entre governo e Congresso dos EUA?O presidente Barack Obama quer aumentar impostos dos ricos, medida rejeitada pelos republicanos, defensores do corte de gastos sociais para obter recursos

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

A nova Geografia Politica do Brasil

Com mais de 55 milhões de votos, Dilma Rousseff venceu o adversário José Serra (PSDB), garantiu o terceiro mandato presidencial consecutivo para o PT e tornou-se a primeira mulher a chegar à Presidência no Brasil. Terá maioria folgada na Câmara e no Senado e dos novos 27 governadores do país, 16 são seus aliados. Nos dois turnos a agora presidenta eleita teve no Nordeste sua melhor votação: 62% no primeiro (única região onde passou dos 50%) e 66% no segundo. Neste segundo turno ela venceu em três regiões (Sudeste, Nordeste e Norte) e perdeu em duas (Sul e Centro-Oeste).
Foi eleita principalmente pelo apoio do presidente Lula, que tem 83% de aprovação. Mas ao longo de toda a campanha mostrou-se uma candidata capaz de enfrentar o principal nome do PSDB, José Serra, que já disputara uma eleição presidencial (em 2002) e vinha de vitórias seguidas em São Paulo – primeiro para prefeito da capital e depois para governador. Uma sequência de crises no governo acabou levando Dilma à condição de candidata. O nome maiscotado no PT, no primeiro mandato de Lula, era o do ministro da Casa Civil, José Dirceu, que caiu no escândalo do Mensalão, em 2005. Dilma, que era ministra das Minas e Energia, o substituiu e começou aí sua escalada. À frente dela, na “fila” de presidenciáveis petistas, ainda havia outro nome: o de Antonio Palloci, ministro da Fazenda. Mas este também caiu, em março de 2006, após a crise da quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa. A partir daí teve início a consolidação do nome de Dilma como a candidata à sucessão. Em março de 2008, durante ato no Rio de Janeiro, o presidente Lula a nominou como “a mãe do PAC” (Programa de Aceleração do Crescimento). Era o ponto de partida da caminhada que chegou ontem ao seu ponto final: a eleição para presidente. Agora, o principal desafio que terá pela frente nos primeiros momentos será o de provar que não é apenas uma “sombra” de Lula.
Em relação ao Nordeste o indicativo é que a região continue a ter em seu governo o mesmo tratamento diferenciado que teveno governo Lula. Muitas das obras que estão em andamento fazem parte do PAC, que ela comandou. Além disso, desde 2002 a região tem-se caracterizado como retaguarda social e política de Lula e do PT. Detentora de 27% do eleitorado nacional, a região tem um peso político que deve continuar sendo valorizado pela nova presidente.
Na composição do ministério ela deve enfrentar pressão de políticos da região para a nomeação de aliados. Os governadores dos três principais estados nordestinos, Eduardo Campos (PE), Jacques Wagner (BA) e Cid Gomes (CE), já externaram o desejo de ter nomes dos seus estados no novo ministério. Sob a análise da geografia política, Dilma – que nasceu em Minas Gerais e construiu sua carreira no Rio Grande do Sul – será também uma presidenta que não tem base em São Paulo, o maior estado da nação e onde o PSDB está no governo há 16 anos.
Ela chega à Presidência com a vantagem de ter estado no governo nos últimos oito anos. Tem um conhecimento da máquina federal que lhe poupará da dificuldadepela qual passam os governantes recém-chegados – a de precisar primeiro familiarizar-se com a estrutura do governo. Dilma já é governo, e continuará governo. A vantagem obtida no Senado (onde terá 59 dos 81 senadores) e na Câmara (372 dos 581 deputados) pode facilitar a realização de reformas, mas ainda há que esperar para ver como se comportará a base governista. De todo modo, eleita com 55 milhões de votos e contando com a ampla aliança que apoia o governo, Dilma Rousseff assumirá a Presidência com todas as condições para dar certo.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE GEOGRAFIA

A produção acadêmica em torno da concepção de Geografia passou por diferentes momentos, gerando reflexões distintas acerca dos objetos e métodos do fazer geográfico. De certa forma, essas reflexões influenciaram e ainda influenciam muitas das práticas de ensino. Em linhas gerais, suas principais tendências podem assim ser apresentadas.
As primeiras tendências da Geografia no Brasil nasceram com a fundação da Faculdade de Filosofia da Universidade de São Paulo e do Departamento de Geografia, quando, a partir da década de 40, a disciplina Geografia passou a ser ensinada por professores licenciados, com forte influência da escola francesa de Vidal de La Blanche. Essa Geografia era marcada pela explicação objetiva e quantitativa da realidade que fundamentava a escola francesa de então. Foi essa escola que imprimiu ao pensamento geográfico o mito da ciência asséptica, não-politizada, com o argumento da neutralidade do discurso científico. Tinha como meta abordar as relações do homem com a natureza de forma objetiva, buscando a formulação de leis gerais de interpretação. Essa tendência da Geografia e as correntes que dela se desdobraram foram chamadas de Geografia Tradicional. Apesar de valorizar o papel do homem como sujeito histórico, propunha-se, na análise da produção do espaço geográfico, estudar a relação homem-natureza sem priorizar as relações sociais. Por exemplo, estudava-se a população, mas não a sociedade; os estabelecimentos humanos, mas não as relações sociais; as técnicas e os instrumentos de trabalho, mas não o processo de produção. Ou seja, não se discutiam as relações intrínsecas à sociedade, abstraindo assim o homem de seu caráter social. Era baseada, de forma significativa, em estudos empíricos, articulada de forma fragmentada e com forte viés naturalizante.
No ensino, essa Geografia se traduziu, e muitas vezes ainda se traduz, pelo estudo descritivo das
paisagens naturais e humanizadas, de forma dissociada do espaço vivido pela sociedade e das relações contraditórias de produção e organização do espaço. Os procedimentos didáticos adotados promoviam principalmente a descrição e a memorização dos elementos que compõem as paisagens sem, contudo, esperar que os alunos estabelecessem relações, analogias ou generalizações. Pretendia-se ensinar uma Geografia neutra. Essa perspectiva marcou também a produção dos livros didáticos até meados da década de 70 e, mesmo hoje em dia, muitos ainda apresentam em seu corpo idéias, interpretações ou até mesmo expectativas de aprendizagem defendidas pela Geografia Tradicional.
No pós-guerra, a realidade tornou-se mais complexa: o desenvolvimento do capitalismo afastou-se cada vez mais da fase concorrencial e penetrou na fase monopolista do grande capital; a urbanização acentuou-se e megalópoles começaram a se constituir; o espaço agrário sofreu as modificações estruturais comandadas pela Revolução Verde, em função da industrialização e da mecanização das atividades agrícolas em várias partes do mundo; as realidades locais passaram a estar articuladas em uma rede de escala mundial. Cada lugar deixou de explicar-se por si mesmo. Os métodos e as teorias da Geografia Tradicional tornaram-se insuficientes para apreender essa complexidade e, principalmente, para explicá-la. O levantamento feito por meio de estudos apenas empíricos tornou-se insuficiente. Era preciso realizar estudos voltados para a análise das relações mundiais, análises essas também de ordem econômica, social, política e ideológica. Por outro lado, o meio técnico e científico passou a exercer forte influência nas pesquisas realizadas no campo da Geografia. Para estudar o espaço geográfico globalizado, começou-se a recorrer às tecnologias aeroespaciais, tais como o sensoriamento remoto, as fotos de satélite e o computador como articulador de massa de dados: surgem os SIG (Sistemas Geográficos de Informações).
A partir dos anos 60, sob influência das teorias marxistas, surge uma tendência crítica à
Geografia Tradicional, cujo centro de preocupações passa a ser as relações entre a sociedade, o
trabalho e a natureza na produção do espaço geográfico. Ou seja, os geógrafos procuraram estudar a sociedade por meio das relações de trabalho e da apropriação humana da natureza para produzir e distribuir os bens necessários às condições materiais que a garantem. Critica-se a Geografia Tradicional, do Estado e das classes sociais dominantes, propondo-se uma Geografia das lutas sociais. Num processo quase militante de importantes geógrafos brasileiros, difunde-se a Geografia Marxista. Essa nova perspectiva considera que não basta explicar o mundo, é preciso transformá-lo. Assim a Geografia ganha conteúdos políticos que são significativos na formação do cidadão. As transformações teóricas e metodológicas dessa Geografia tiveram grande influência na produção científica das últimas décadas. Para o ensino, essa perspectiva trouxe uma nova forma de se interpretar as categorias de espaço geográfico, território e paisagem, e influenciou, a partir dos anos 80, uma série de propostas curriculares voltadas para o segmento de quinta a oitava séries. Essas propostas, no entanto, foram centradas em questões referentes a explicações econômicas e a relações de trabalho que se mostraram, no geral, inadequadas para os alunos dessa etapa da escolaridade, devido a sua complexidade. Além disso, a prática da maioria dos professores e de muitos livros didáticos conservaram a linha tradicional, descritiva e descontextualizada herdada da Geografia Tradicional, mesmo quando o enfoque dos assuntos estudados era marcado pela Geografia Marxista. Tanto a Geografia Tradicional quanto a Geografia Marxista ortodoxa negligenciaram a relação do homem e da sociedade com a natureza em sua dimensão sensível de percepção do mundo: o cientificismo positivista da Geografia Tradicional, por negar ao homem a possibilidade de um conhecimento que passasse pela subjetividade do imaginário; o marxismo ortodoxo, por tachar de idealismo alienante qualquer explicação subjetiva e afetiva da relação da sociedade com a natureza. Uma das características fundamentais da produção acadêmica da Geografia desta última década é justamente a definição de abordagens que considerem as dimensões subjetivas e, portanto, singulares que os homens em sociedade estabelecem com a natureza. Essas dimensões são socialmente elaboradas — fruto das experiências individuais marcadas pela cultura na qual se encontram inseridas — e resultam em diferentes percepções do espaço geográfico e sua construção. É, essencialmente, a busca de explicações mais plurais, que promovam a interseção da Geografia com outros campos do saber, como a Antropologia, a Sociologia, a Biologia, as Ciências Políticas, por exemplo. Uma Geografia que não seja apenas centrada na descrição empírica das paisagens, tampouco pautada exclusivamente na interpretação política e econômica do mundo; que trabalhe tanto as relações socioculturais da paisagem como os elementos físicos e biológicos que dela fazem parte, investigando as múltiplas interações entre eles estabelecidas na constituição de um espaço: o espaço geográfico.
As sucessivas mudanças e debates em torno do objeto e método da Geografia como ciência,
presentes no meio acadêmico, tiveram repercussões diversas no ensino fundamental. Positivas decerta forma, já que foram um estímulo para a inovação e a produção de novos modelos didáticos. Mas também negativas, pois a rápida incorporação das mudanças produzidas pelo meio acadêmico provocou a produção de inúmeras propostas didáticas, descartadas a cada inovação conceitual e, principalmente, sem que existissem ações concretas para que realmente atingissem o professor em sala de aula, sobretudo o professor das séries iniciais que, sem apoio técnico e teórico, continuou e continua, de modo geral, a ensinar Geografia apoiando-se apenas na descrição dos fatos e ancorandose quase que exclusivamente no livro didático.
Mas não apenas a prática do professor se encontra permeada por essa indefinição e confusão,
muitas propostas de ensino também o estão. Segundo a análise feita pela Fundação Carlos Chagas, observa-se, sobretudo nas propostas curriculares produzidas nas últimas décadas, que o ensino de Geografia apresenta problemas tanto de ordem epistemológica e de pressupostos teóricos como outros referentes à escolha dos conteúdos. No geral, são eles:
• Abandono de conteúdos fundamentais da Geografia, tais como as categorias de nação, território, lugar, paisagem e até mesmo de espaço geográfico, bem como do estudo dos elementos físicos e biológicos que se encontram aí presentes; São comuns modismos que buscam sensibilizar os alunos para temáticas mais atuais, sem uma preocupação real de promover uma compreensão dos múltiplos fatores que delas são causas ou decorrências, o que provoca um“envelhecimento” rápido dos conteúdos. Um exemplo é a adaptação forçada das questões ambientais em currículos e livros didáticos que ainda preservam um discurso da Geografia Tradicional e não têm como objetivo uma compreensão processual e crítica dessas questões, vindo a se transformar na aprendizagem de slogans; Há uma preocupação maior com conteúdos conceituais do que com conteúdos procedimentais. O objetivo do ensino fica restrito, assim, à aprendizagem de fenômenos e conceitos, desconsiderando a aprendizagem de procedimentos fundamentais para a compreensão dos métodos e explicações com os quais a própria Geografia trabalha; As propostas pedagógicas separam a Geografia humana da Geografia física em relação àquilo que deve ser apreendido como conteúdo específico: ou a abordagem é essencialmente social e a natureza é um apêndice, um recurso natural, ou então se trabalha a gênese dos fenômenos naturais de forma pura, analisando suas leis, em detrimento da possibilidade
exclusiva da Geografia de interpretar os fenômenos numa abordagem socio-ambiental; A memorização tem sido o exercício fundamental praticado no ensino de Geografia, mesmo nas abordagens mais avançadas. Apesar da proposta de problematização, de estudo do meio e da forte ênfase que se dá ao papel dos sujeitos sociais na construção do território e do espaço, o que
se avalia ao final de cada estudo é se o aluno memorizou ou não os fenômenos e conceitos trabalhados e não aquilo que pôde identificar e compreender das múltiplas relações aí existentes; A Noção de escala espaço-temporal muitas vezes não é clara, ou seja, não se explicita como os temas de âmbito local estão presentes naqueles de âmbito universal e vice-versa, e como o espaço geográfico materializa diferentes tempos (da sociedade e da natureza).
O ensino de Geografia pode levar os alunos a compreenderem de forma mais ampla a realidade,
possibilitando que nela interfiram de maneira mais consciente e propositiva. Para tanto, porém, é preciso que eles adquiram conhecimentos, dominem categorias, conceitos e procedimentos básicos com os quais este campo do conhecimento opera e constitui suas teorias e explicações, de modo a poder não apenas compreender as relações socioculturais e o funcionamento da natureza às quais historicamente pertence, mas também conhecer e saber utilizar uma forma singular de pensar sobrea realidade: O Conhecimento Geográfico

sábado, 1 de maio de 2010

REGIONALIZAÇÃO DO ESPAÇO BRASILEIRO

Dividir o Brasil em regiões é tarefa empreendida por
estudiosos para atender a diferentes necessidades. Mas
também é ato administrativo-político do poder público no sentido
de ordenar a aplicação de programas econômicos e sociais e de
coletar informações. Assim, podemos ter acesso a vários tipos
de regionalização. Cada proposta de regionalização é
sustentada por finalidades e critérios. Se a finalidade é fazer um
estudo das paisagens naturais do território brasileiro, os critérios
adotados tomam como referência os componentes físicos do
espaço – clima, vegetação, relevo, hidrografia, solo etc. de outra
forma, se o objetivo for o entendimento quanto à distribuição de
atividades econômicas no território, os critérios adotados serão
os tipos de atividades econômicas (indústria, agricultura,
comércio), o nível tecnológico das atividades, o volume de
produção e uma infinidade de outros detalhes que se queria
destacar. Algumas regionalizações do território são bem
conhecidas como a: dos domínios morfoclimáticos para
paisagens naturais, sistematizado por Aziz Ab’Saber; da
organização regional segundo as relações entre os espaços e
sua hierarquia econômico-social, de Pedro Geiger. Esta última
se refere aos centros irradiadores, regiões periféricas dinâmicas,
regiões de novas oportunidades, etc. A mais recente forma de
regionalização do espaço brasileiro foi feita pelos geógrafos
Milton Santos e Maria Laura Silveira que prepuseram a
regionalização do espaço brasileiro de acordo com a difusão
diferenciada do meio técnico-científico-informacional e nas
heranças do passado, na qual o Brasil foi compartimentado em
quatro regiões: Região Amazônica, Região Nordeste, Região
Centro-oeste e Região Concentrada.
Região
“A noção de região está associada a uma fração de espaço
diferenciada pelo seu caráter de individualidade e
singularidade, seja natural, social, econômico e político.
Quando se faz referência à região Amazônica, por exemplo,
está explicito que é uma porção do território brasileiro, mas que
se diferencia do mesmo por possuir aspectos que embora se
manifestem em outros espaços do território brasileiro se
apresentam de forma bem particular na referida região, o que a
torna singular.” (Lobato, 2000)

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Regionalização dos espaços mundiais: repensando classificações

Classificar determinados objetos, eventos ou fenômenos implica separá-los, ordená-los e agrupá-los segundo determinados critérios e objetivos. Durante muito tempo, a Geografia, de modo geral, e a geografia escolar, em particular, operaram com classificações de países segundo seus níveis de desenvolvimento econômico-social ou organização do modo de produção. Assim, classificações de países como desenvolvidos, subdesenvolvidos, em desenvolvimento, 1º, 2º e 3º mundo, países ricos e países pobres, entre outras, povoaram os livros escolares, muitas vezes sem explicitar os critérios e indicadores utilizados ou até mesmo ficando à margem do profundo e acelerado conjunto de mudanças que vêm afetando os quatro cantos do planeta nas duas últimas décadas. Entre elas, as extraordinárias inovações tecnológicas nos meios de transporte, comunicação e informação, o advento da globalização (ainda que centrada na economia, comunicação e informação), a consolidação de conglomerados transnacionais e do sistema financeiro global (atores cada vez mais desterritorializados), o desmoronamento do “socialismo real”, surgimento ou desaparecimento de novos Estados nacionais, a emergência de redes geográficas de alcance planetário, a constituição de blocos comerciais regionais, o elevado crescimento econômico de “países emergentes” e outros. Vale a pena citar a dinâmica espacial dos circuitos ilegais da economia (sobretudo o narcográfico) e dos chamados grupos terroristas, que utilizam redes de comunicação modernas e frações de diversos territórios como base de suas operações. Também parece cair por terra a certeza de que as fronteiras nacionais estavam com os dias contados, já que recrudescem formas de vigilância e controle de acesso aos territórios, num “retorno do território” especialmente nos Estados Unidos e na Europa ocidental, não raro alegando questões de segurança nacional. Conflitos e guerras regionais, de cunho marcadamente territorial, também se inscrevem nessa lógica. Embora o uso das classificações convencionais seja freqüente tanto em manuais escolares como em veículos de imprensa, o que se recomenda é o seu uso de forma cuidadosa. Assim, reconhecer formas de regionalização - processo contínuo e desigual de diferenciação de áreas, ou constituição de regiões – dos espaços mundiais para fins de análise tornou-se tarefa muito mais complexa, para além da soma de indicadores econômicos ou do papel das nações numa dada divisão internacional do trabalho.

O que são Terremotos




Terremotos ou sismos são vibrações na crosta terrestre provocadas pela movimentação de placas tectônicas presentes na litosfera, logo abaixo da superfície da Terra. Essas placas deslizam lenta e constantemente sobre uma camada de magma chamada astenosfera. Os movimentos delas são também responsáveis pela deriva dos continentes e pela formação de montanhas e vulcões. O atrito entre as placas gera uma energia em potencial que, quando liberada, provocam vibrações que se propagam pela crosta, causando os abalos sísmicos. Há duas formas de medir a força dos tremores: pela sua magnitude e pela sua intensidade. "A primeira está associada com a energia liberada pelo terremoto, enquanto a segunda é o efeito causado por ele na superfície da Terra",

A escala Richter foi desenvolvida em 1935 na Califórnia, Estados Unidos. Ela é calculada a partir dos sismogramas (registros dos sismos) produzidos pelos sismógrafos, aparelhos que possuem sensores de vibração que monitoram a movimentação da superfície onde estão localizados. Cada unidade de magnitude representa uma energia liberada dez vezes maior que o grau anterior, ou seja, um terremoto de 4 graus na escala Richter libera uma energia dez vezes maior que um terremoto de 3 graus. Não há limites nessa escala. "Ela é aberta, isto é, vai desde menos infinito até mais infinito", afirma Célia. "O terremoto de maior magnitude já registrado foi no Chile, em maio de 1960. Sua magnitude foi de 9,6". Abaixo de 2 graus, os tremores são praticamente imperceptíveis.

Já a escala Mercalli, que mede a intensidade dos terremotos, foi proposta pelo vulcanólogo italiano Giuseppe Mercalli em 1902, e alterada em 1931, quando passou a ser chamada de Mercalli-Modificada. "Ela possui 12 graus indicados por algarismos romanos de I a XII. A intensidade não é calculada, apenas se observam os efeitos que o sismo causou na superfície, ou seja, é uma medida qualitativa dele", explica a especialista, que mostra como a escala funciona no quadro abaixo:

ESCALA DE INTENSIDADE MERCALLI-MODIFICADA (ABREVIADA)

I. Não sentido.
II. Sentido por pessoas em repouso eu em andares superiores.
III. Vibração leve. Objetos pendurados balançam um pouco.
IV. Vibração como a causada pela passagem de caminhões pesados. Chacoalhar de janelas e louças. Carros parados balançam.
V. Sentido fora de casa. Acorda as pessoas. Objetos pequenos tombam e quadros nas paredes se movem.
VI. Sentido por todos. Deslocamento de mobília. Louças e vidros se quebram. Queda de objetos. Rachadura no reboco de casas
VII. Percebido por motoristas dirigindo. Dificuldade em manter-se em pé. Sinos tocam em igrejas, capelas etc. Danos, como quebra de chaminés, ornamentos arquitetônicos e mobília; queda de reboco; rachaduras em paredes, algumas casas podem até desabar.
VIII. Motoristas de automóveis sentem o tremor. Galhos e troncos se quebram. Rachaduras em solo molhado. Destruição de torres de água elevadas, monumentos, casas de adobes. Danos severos a moderados em estruturas de tijolo, casas de madeira (quando não estão firmes com fundação), obras de irrigação e diques.
IX. Solo rachado, como "crateras de areia". Desabamentos. Destruição de alvenaria de tijolo não armado. Danos severos a moderados em estruturas inadequadas de concreto armado e tubulações subterrâneas
X. Desabamentos e solo rachado. Destruição de pontes, túneis e algumas estruturas de concreto armado. Danos severos a moderados de alvenarias, barragens e estradas de ferro
XI. Distúrbios permanentes no solo
XII. Danos quase totais

Apesar de existirem formas de medir a força dos terremotos, eles ainda não podem ser previstos pelos cientistas. "Esse é um dos grandes objetivos da sismologia". Atualmente a região que possui a maior quantidade de sismos é a que circunda o Oceano Pacífico, desde o sul do Chile até a Nova Zelândia, passando por vários países da América do Sul, Central e do Norte, além do Japão.