sábado, 29 de agosto de 2009

Sociedade Local : O poder da Mídia


Os meios de comunicação influenciam vários aspectos da nossa vida: comportamental, profissional, comercial. Desde programas de entretenimento até os mais informativos têm grande poder de persuasão e influenciam em nossas decisões. Novelas ditam modas, notícias causam reviravolta nos mercados e na política, e a publicidade nos diz qual é o melhor produto a ser consumido.
O fato é que nem sempre estamos conscientes dessa “ditadura” que permeia nossas mentes e comportamento. Infeslimente, em nossa região, cada dia vai se perdendo a credibilidade na mídia regional, que são manuseados a grande maioria, por agentes políticos que querem formar a força a opinião local. O grande prejudicado e a própria população que não tem um canal democrático que possa emitir opiniões contrarias e divergentes para debates. Os Blogs e uma forma encontrada para purificar informações, criar um canal de debate que parte do cidadão comum para outro cidadão comum. Porém encontrarmos alguns Blogs que restringe os comentários e nem dar uma resposta satisfatória a pergunta feita ou ao comentário postado mesmo se identificado. Esse poderá ser um blog que já se contaminou com o poder da mídia local.
Democracia e também aceitar o diferente, mesmo se essa ação necessitar criar mecanismos que quebre o paradigma.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

A geografia da sociedade globalizada e o apocalipse ambiental


Estamos vivenciando o fenômeno da globalização, processo que teve início no século XV, com as grandes navegações, e que se intensificou nas últimas três décadas do século XX, propiciando a “mundialização” do espaço geográfico, fenômeno que ultrapassa os limites do nacional para atingir a universalização de idéias, valores, padrões e procedimentos, alcançando a esfera econômica, como também o quadro social, político, científico, informacional, cultural e ecológico.
Parafraseando o geógrafo brasileiro Milton Santos (1994), atualmente vivemos o chamado “período técnico-científico-informacional”, caracterizado pelo grande avanço científico e tecnológico, marcado pelo domínio da tecnologia, da robótica e da biotecnologia.
Diante disso, o planeta está cada vez mais conectado, gerando a idéia de que o mundo está cada vez menor. As telecomunicações e a informática possibilitam imagens vistas em todas as partes do planeta, diminuindo o tempo e a distância da comunicação. Testemunhos vivos deste período incorporados ao cotidiano humano, são, a saber: informática, computador, internet (sistemas http// e www), softwares, caixa 24 horas, telefone celular, chips, fibra ótica, código de barras, GPS, robôs, cartões magnéticos, DVD, MP3, satélites, viagens interplanetárias, animais clonados, transgênicos, cibercultura, etc.
Apocalipse já: a questão ambiental na era globalizada
Outro ponto que merece ser discutido no âmbito da sociedade global é a questão ambiental, assunto tão discutido teoricamente e pouco colocado em prática. A exploração abusiva dos recursos naturais coloca a humanidade diante de um apocalipse real, a catástrofe causada pelo aquecimento global, que se esperava para daqui a trinta ou quarenta anos já começou: aumento na temperatura, degelo nas zonas glaciares, aumento do nível do mar, desertificação, seca na Amazônia, furacões, ciclones atípicos no Brasil, são algumas mudanças provocadas pelo desmatamento, pela emissão de gases como dióxido de carbono, metano e óxido nitroso, queimadas, poluição e contaminação bombardeiam o frágil equilíbrio das quatro esferas geográficas: atmosfera, litosfera, hidrosfera e biosfera acelerando a destruição da nave Terra.
Se as conferências e encontros mundiais sobre o meio ambiente, como a Rio 92, a Rio +5 (1997), a Rio +10 (2002) e, recentemente a Conferência das Partes – COP 8, deixaram claro que a natureza é finita, limitada e que funciona dentro de um sistema interdependente e que precisa de cuidados para manter seu equilíbrio natural. Fica aqui a pergunta: o quê de fato os governos, empresas e a sociedade civil estão fazendo para reverter a velocidade de suas práticas econômicas antiecológicas?
A princípio, temos uma resposta para a indagação acima: as informações e a preocupação com a saúde da natureza são colocadas em “xeque ou em cheque”, no Brasil, já existe uma nova indústria parecida com a da seca: é a “indústria do meio ambiente”, recursos destinados à proteção das florestas, dos rios e dos animais são desviados pelo Poder Público, pelas ONG’s e pelos organismos privados (Mariano Neto, 2003).
O cenário ambiental atual é adverso, mas não justifica a inércia. Sabemos que para combater o aquecimento global, principal agente do desequilíbrio ambiental da Terra, é preciso utilizar cada vez mais fontes alternativas de energia e diminuir a emissão de gases que provocam o efeito estufa.
Sabemos que os seres humanos se adaptaram aos novos ambientes terrestres – essa é a chave do sucesso evolutivo da espécie humana. Mas um mundo mais quente pode ser cheio de surpresas, a maioria delas desagradável e catastrófico.
Quem ganha e quem perde na sociedade global
No produto da economia global, a concretização do neoliberalismo, expressão econômica do mercado global, caracterizada pelas grandes incorporações internacionais interessadas na eliminação das fronteiras nacionais ou, mais precisamente, na remoção de qualquer entrave à livre circulação de seus capitais, tudo em nome de uma política de encolhimento e enfraquecimento do Estado.
A mundialização da produção, da circulação e circuitos financeiros imediatos são manobrados pelo capital especulativo, que circula a uma velocidade luminar, com parada de metrô em cada uma das bolsas de valores mundiais. Incontroláveis, transitórios e deixando marcas irreversíveis no mundo do capital produtivo (Mariano Neto, 2003, p.53).
Nas palavras de Milton Santos (1996, p.32) “todos os lugares são mundiais, mas não há um espaço mundial. Quem se globaliza, mesmo, são as pessoas e os lugares”.
Diante deste fenômeno complexo e contraditório, os valores difundidos pela globalização no mundo atual que levam a desigualdade, a dependência e a exclusão de parte da população e dos países menos favorecidos, devem ser analisados dentro de uma ótica crítica diante de tais fatos concretos.
Em resumo, não devemos ver a globalização como um produto sem erros de fabricação. Aí estão visíveis as lacunas que separam os ricos dos pobres e as nações desenvolvidas das subdesenvolvidas que estão aí a solicitar empréstimos e ajuda humanitária. Um outro defeito do espaço global é o desemprego estrutural que é crescente mesmo com o desempenho favorável de algumas economias. Postos de trabalho são eliminados pelas máquinas e muitos indivíduos são jogados ao terror da falta de emprego e de políticas que poderiam criar alternativas de trabalho para os cidadãos.
Dentro do processo de globalização o desemprego não é privilégio apenas das nações pobres, pois se alastra em todos os países do globo e desafia a todos os defensores do mundo globalizado que não tem a fórmula correta para combater tal anomalia.
Fonte: Por Márcio Balbino Cavalcante

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

A Geografia do H1N1


O que é?
É uma infecção viral aguda do sistema respiratório que tem distribuição global e elevada transmissibilidade. O quadro clássico tem inicio abrupto com febre, mialgia (dores musculares e articulações) e tosse seca.
O vírus influenza A, é altamente transmissível e mutável.O vírus influenza tipo “A” é encontrado em várias espécies animais, sendo as aves aquáticas silvestres seu principal reservatório.
O tipo “A” é o responsável pelas pandemias periódicas de influenza, a partir de aves e suínos, e posterior adaptação para transmissão interhumana.
A Influenza ou Gripe A, causada pelo vírus A H1N1 foi originalmente batizada de gripe suína, mas pela possibilidade desse nome gerar confusão entre a população que poderia acreditar que a doença pode ser adquirida pelo consumo de carne de porco – o que é incorreto – abalando o mercado de suinocultura, a doença foi rebatizada.
A Influenza A (H1N1), diferentemente da gripe aviária, que era transmitida de animais para seres humanos, se propaga de pessoa para pessoa, principalmente por meio da tosse ou espirro e de contato com secreções respiratórias de pessoas infectadas.Eventualmente também pode ocorrer transmissão pelo ar, pela inalação de pequenas partículas residuais dessecadas, que podem ser levadas a distâncias maiores.A influenza tem altas taxas de ataque, disseminando-se rapidamente na comunidade e em ambientes fechados.O período de incubação varia entre um a sete dias com um período de transmissibilidade de dois dias antes até cinco dias após o início dos sintomas.
De repente surge a notícia de probabilidade de uma pandemia de "Gripe Suína", que se espalha a partir do México.
É incrível a velocidade de sua propagação e, mais que isso, a sua origem.
Trata-se de um vírus do tipo influenza, que se propaga pelo ar e é altamente infeccioso.
O que se pode dizer, a respeito de sua origem (além da questão biológica), é que, com as políticas neoliberais em curso no México, muito pouco ou quase nada, foi ou é investido em saneamento básico naquele país, principalmente na Cidade do México (a cidade mais populosa do mundo), onde a pobreza faz companhia para quase metade de sua população.
São grandes contingentes de pessoas em ônibus e trens lotados, respirando um ar carregado de toda a sorte de vírus e bactérias (a Cidade do México é a metrópole mais poluída do planeta). E, agora, o vírus da Gripe Suína, viaja de avião, a partir daquele país, para todas as partes do globo, a uma velocidade de 800 km/h. Rápido o bastante para, em poucas horas, já ser encontrado em pessoas de países de todas as partes do globo.
E agora, o que fazer?
Além da crise do capitalismo globalizado, da crise ambiental, temos no caminho da humanidade, uma provável crise de saúde pública.
Pois, o que se vai fazer para as pessoas não saírem de casa? Não serem expostas ao vírus?
Como, vai ficar o capitalista, se estas pessoas não saírem de casa, para trabalhar e consumir?
Qual será a resposta?

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

A CRISE ATUAL DO SISTEMA CAPITALISTA MUNDIAL

A crise recente do sistema capitalista mundial começa a partir do aguçamento da contradição entre o nível de desenvolvimento das forças produtivas e as relações capitalistas de produção. O processo de desenvolvimento do capital produziu um considerável avanço no desenvolvimento das forças produtivas, concentrado principalmente nos países desenvolvidos. O período recente de expansão da economia americana só foi possível através da transferência de mais-valia produzida em todo o mundo e pela gigantesca expansão do capital fictício, o que mascarou a pressão decrescente da taxa de lucro. Por outro lado, o desenvolvimento das relações capitalistas de produção, ampliou sua contradição interna entre o processo de socialização da produção e o caráter privado da apropriação. A produção socializa-se cada vez mais em escala mundial, pela forma de expansão do capital internacionalizado, pela constituição das redes internacionais de produção e pela internacionalização dos processos produtivos. Esse processo desestrutura as cadeias produtivas dos países subdesenvolvidos (onde havia), centraliza o capital e precariza profundamente a reprodução da força de trabalho. A parcela da população integrada ao mercado capitalista mundial encontra-se atendida em suas “necessidades” de meios de consumo duráveis e não duráveis. Ela se constitui apenas em mercado de reposição, que é dinamizado pelo intensivo processo de obsolescência técnica e física programada pela produção industrial. A integração de maiores parcelas da população ao mercado de bens capitalistas de consumo implicaria, em primeiro lugar, na necessidade de redistribuição da mais-valia. Isso deprimiria ainda mais a taxa de lucro aguçando a contradição decorrente da própria lei do valor. Defendo que a tendência recente à estagnação capitalista não permite vislumbrar, em sua saída, um novo ciclo virtuoso de crescimento do sistema mundial. O mais provável será um longo período de estagnação com espasmos localizados de crescimento com pouca possibilidade de retorno aos “gloriosos anos dourados”.