segunda-feira, 24 de agosto de 2009

A geografia da sociedade globalizada e o apocalipse ambiental


Estamos vivenciando o fenômeno da globalização, processo que teve início no século XV, com as grandes navegações, e que se intensificou nas últimas três décadas do século XX, propiciando a “mundialização” do espaço geográfico, fenômeno que ultrapassa os limites do nacional para atingir a universalização de idéias, valores, padrões e procedimentos, alcançando a esfera econômica, como também o quadro social, político, científico, informacional, cultural e ecológico.
Parafraseando o geógrafo brasileiro Milton Santos (1994), atualmente vivemos o chamado “período técnico-científico-informacional”, caracterizado pelo grande avanço científico e tecnológico, marcado pelo domínio da tecnologia, da robótica e da biotecnologia.
Diante disso, o planeta está cada vez mais conectado, gerando a idéia de que o mundo está cada vez menor. As telecomunicações e a informática possibilitam imagens vistas em todas as partes do planeta, diminuindo o tempo e a distância da comunicação. Testemunhos vivos deste período incorporados ao cotidiano humano, são, a saber: informática, computador, internet (sistemas http// e www), softwares, caixa 24 horas, telefone celular, chips, fibra ótica, código de barras, GPS, robôs, cartões magnéticos, DVD, MP3, satélites, viagens interplanetárias, animais clonados, transgênicos, cibercultura, etc.
Apocalipse já: a questão ambiental na era globalizada
Outro ponto que merece ser discutido no âmbito da sociedade global é a questão ambiental, assunto tão discutido teoricamente e pouco colocado em prática. A exploração abusiva dos recursos naturais coloca a humanidade diante de um apocalipse real, a catástrofe causada pelo aquecimento global, que se esperava para daqui a trinta ou quarenta anos já começou: aumento na temperatura, degelo nas zonas glaciares, aumento do nível do mar, desertificação, seca na Amazônia, furacões, ciclones atípicos no Brasil, são algumas mudanças provocadas pelo desmatamento, pela emissão de gases como dióxido de carbono, metano e óxido nitroso, queimadas, poluição e contaminação bombardeiam o frágil equilíbrio das quatro esferas geográficas: atmosfera, litosfera, hidrosfera e biosfera acelerando a destruição da nave Terra.
Se as conferências e encontros mundiais sobre o meio ambiente, como a Rio 92, a Rio +5 (1997), a Rio +10 (2002) e, recentemente a Conferência das Partes – COP 8, deixaram claro que a natureza é finita, limitada e que funciona dentro de um sistema interdependente e que precisa de cuidados para manter seu equilíbrio natural. Fica aqui a pergunta: o quê de fato os governos, empresas e a sociedade civil estão fazendo para reverter a velocidade de suas práticas econômicas antiecológicas?
A princípio, temos uma resposta para a indagação acima: as informações e a preocupação com a saúde da natureza são colocadas em “xeque ou em cheque”, no Brasil, já existe uma nova indústria parecida com a da seca: é a “indústria do meio ambiente”, recursos destinados à proteção das florestas, dos rios e dos animais são desviados pelo Poder Público, pelas ONG’s e pelos organismos privados (Mariano Neto, 2003).
O cenário ambiental atual é adverso, mas não justifica a inércia. Sabemos que para combater o aquecimento global, principal agente do desequilíbrio ambiental da Terra, é preciso utilizar cada vez mais fontes alternativas de energia e diminuir a emissão de gases que provocam o efeito estufa.
Sabemos que os seres humanos se adaptaram aos novos ambientes terrestres – essa é a chave do sucesso evolutivo da espécie humana. Mas um mundo mais quente pode ser cheio de surpresas, a maioria delas desagradável e catastrófico.
Quem ganha e quem perde na sociedade global
No produto da economia global, a concretização do neoliberalismo, expressão econômica do mercado global, caracterizada pelas grandes incorporações internacionais interessadas na eliminação das fronteiras nacionais ou, mais precisamente, na remoção de qualquer entrave à livre circulação de seus capitais, tudo em nome de uma política de encolhimento e enfraquecimento do Estado.
A mundialização da produção, da circulação e circuitos financeiros imediatos são manobrados pelo capital especulativo, que circula a uma velocidade luminar, com parada de metrô em cada uma das bolsas de valores mundiais. Incontroláveis, transitórios e deixando marcas irreversíveis no mundo do capital produtivo (Mariano Neto, 2003, p.53).
Nas palavras de Milton Santos (1996, p.32) “todos os lugares são mundiais, mas não há um espaço mundial. Quem se globaliza, mesmo, são as pessoas e os lugares”.
Diante deste fenômeno complexo e contraditório, os valores difundidos pela globalização no mundo atual que levam a desigualdade, a dependência e a exclusão de parte da população e dos países menos favorecidos, devem ser analisados dentro de uma ótica crítica diante de tais fatos concretos.
Em resumo, não devemos ver a globalização como um produto sem erros de fabricação. Aí estão visíveis as lacunas que separam os ricos dos pobres e as nações desenvolvidas das subdesenvolvidas que estão aí a solicitar empréstimos e ajuda humanitária. Um outro defeito do espaço global é o desemprego estrutural que é crescente mesmo com o desempenho favorável de algumas economias. Postos de trabalho são eliminados pelas máquinas e muitos indivíduos são jogados ao terror da falta de emprego e de políticas que poderiam criar alternativas de trabalho para os cidadãos.
Dentro do processo de globalização o desemprego não é privilégio apenas das nações pobres, pois se alastra em todos os países do globo e desafia a todos os defensores do mundo globalizado que não tem a fórmula correta para combater tal anomalia.
Fonte: Por Márcio Balbino Cavalcante

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

A Geografia do H1N1


O que é?
É uma infecção viral aguda do sistema respiratório que tem distribuição global e elevada transmissibilidade. O quadro clássico tem inicio abrupto com febre, mialgia (dores musculares e articulações) e tosse seca.
O vírus influenza A, é altamente transmissível e mutável.O vírus influenza tipo “A” é encontrado em várias espécies animais, sendo as aves aquáticas silvestres seu principal reservatório.
O tipo “A” é o responsável pelas pandemias periódicas de influenza, a partir de aves e suínos, e posterior adaptação para transmissão interhumana.
A Influenza ou Gripe A, causada pelo vírus A H1N1 foi originalmente batizada de gripe suína, mas pela possibilidade desse nome gerar confusão entre a população que poderia acreditar que a doença pode ser adquirida pelo consumo de carne de porco – o que é incorreto – abalando o mercado de suinocultura, a doença foi rebatizada.
A Influenza A (H1N1), diferentemente da gripe aviária, que era transmitida de animais para seres humanos, se propaga de pessoa para pessoa, principalmente por meio da tosse ou espirro e de contato com secreções respiratórias de pessoas infectadas.Eventualmente também pode ocorrer transmissão pelo ar, pela inalação de pequenas partículas residuais dessecadas, que podem ser levadas a distâncias maiores.A influenza tem altas taxas de ataque, disseminando-se rapidamente na comunidade e em ambientes fechados.O período de incubação varia entre um a sete dias com um período de transmissibilidade de dois dias antes até cinco dias após o início dos sintomas.
De repente surge a notícia de probabilidade de uma pandemia de "Gripe Suína", que se espalha a partir do México.
É incrível a velocidade de sua propagação e, mais que isso, a sua origem.
Trata-se de um vírus do tipo influenza, que se propaga pelo ar e é altamente infeccioso.
O que se pode dizer, a respeito de sua origem (além da questão biológica), é que, com as políticas neoliberais em curso no México, muito pouco ou quase nada, foi ou é investido em saneamento básico naquele país, principalmente na Cidade do México (a cidade mais populosa do mundo), onde a pobreza faz companhia para quase metade de sua população.
São grandes contingentes de pessoas em ônibus e trens lotados, respirando um ar carregado de toda a sorte de vírus e bactérias (a Cidade do México é a metrópole mais poluída do planeta). E, agora, o vírus da Gripe Suína, viaja de avião, a partir daquele país, para todas as partes do globo, a uma velocidade de 800 km/h. Rápido o bastante para, em poucas horas, já ser encontrado em pessoas de países de todas as partes do globo.
E agora, o que fazer?
Além da crise do capitalismo globalizado, da crise ambiental, temos no caminho da humanidade, uma provável crise de saúde pública.
Pois, o que se vai fazer para as pessoas não saírem de casa? Não serem expostas ao vírus?
Como, vai ficar o capitalista, se estas pessoas não saírem de casa, para trabalhar e consumir?
Qual será a resposta?

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

A CRISE ATUAL DO SISTEMA CAPITALISTA MUNDIAL

A crise recente do sistema capitalista mundial começa a partir do aguçamento da contradição entre o nível de desenvolvimento das forças produtivas e as relações capitalistas de produção. O processo de desenvolvimento do capital produziu um considerável avanço no desenvolvimento das forças produtivas, concentrado principalmente nos países desenvolvidos. O período recente de expansão da economia americana só foi possível através da transferência de mais-valia produzida em todo o mundo e pela gigantesca expansão do capital fictício, o que mascarou a pressão decrescente da taxa de lucro. Por outro lado, o desenvolvimento das relações capitalistas de produção, ampliou sua contradição interna entre o processo de socialização da produção e o caráter privado da apropriação. A produção socializa-se cada vez mais em escala mundial, pela forma de expansão do capital internacionalizado, pela constituição das redes internacionais de produção e pela internacionalização dos processos produtivos. Esse processo desestrutura as cadeias produtivas dos países subdesenvolvidos (onde havia), centraliza o capital e precariza profundamente a reprodução da força de trabalho. A parcela da população integrada ao mercado capitalista mundial encontra-se atendida em suas “necessidades” de meios de consumo duráveis e não duráveis. Ela se constitui apenas em mercado de reposição, que é dinamizado pelo intensivo processo de obsolescência técnica e física programada pela produção industrial. A integração de maiores parcelas da população ao mercado de bens capitalistas de consumo implicaria, em primeiro lugar, na necessidade de redistribuição da mais-valia. Isso deprimiria ainda mais a taxa de lucro aguçando a contradição decorrente da própria lei do valor. Defendo que a tendência recente à estagnação capitalista não permite vislumbrar, em sua saída, um novo ciclo virtuoso de crescimento do sistema mundial. O mais provável será um longo período de estagnação com espasmos localizados de crescimento com pouca possibilidade de retorno aos “gloriosos anos dourados”.

domingo, 12 de julho de 2009

O que faz de uma cidade uma cidade

Definir é uma coisa que nada tem de muito simples, pois exige um razoável, às vezes, até mesmo um elevado(dependendo da complexidade daquilo que se deve definir)poder de abastração.
As definições cientificas, normalmente, se referem a fenômenos bastante ou até mesmo extremamente gerais. A cidade é um objeto muito complexo e, por isso mesmo, muito difícil de se definir. A literatura a respeito do assunto “cidades”e, consequentemente, também as discussões sobre o conceito de cidade, aumentaram exponencialmente no decorrer do século XX.
O jeito, então, é advertir o leitor para o fato, inevitável, de que o que se pode fazer, aqui, é meramente, uma aproximação, com forte dose de generalização embutida. Para o sociólogo Max Weber, em um escrito seminal sobre a natureza das cidades, publicado originalmente em 1921, a cidade é, primordial e essencial, um local de mercado”. Já Christaller deu uma contribuição importante, introduzindo o conceito de localidade central . Toda cidade é, do ponto de vista geoeconômico, isto é, das atividades econômicas vistas de uma perspectiva espacial, uma localidade central, de nível maior ou menor de acordo com sua centralidade. A aldeia diversamente não è uma localidade central. A natureza de uma aldeia, ou do povoado, é mais “centrifuga”, para usar um termo de Christaller, porque as atenções de seus moradores estão voltados, para suas bordas(onde começam os campos de cultivo), do que centrípeta” como ocorre coma cidade, onde a área central de negócios, ou seu embrião, atrai os consumidores de toso tecido urbano, fazendo que as atenções dos citadinos se voltem para o centro doassentamento, e não para as franjas.
A cidade é, sob o ângulo do uso do solo, ou de atividades econômicas que as caracterizam, um espaço de produção não agrícola e de comércio e oferecimento de serviços. Nas bordas da cidade, é comum existir uma “faixa de transição” entre o uso da terra tipicamente rural e o urbano . Essa faixa de transição é chamada, entre os geógrafos anglo-saxões, de franja rural-urbana, e entre os franceses, comumente, de espaço periurbano.
A “lógica” rural é da terra enquanto terra de trabalho para a agricultura e a pecuária; o solo aqui, tem valor não apenas devido a localização do terreno, mas um valor intríseco, devido às diferenças de fertilidade natural. Já a “lógica urbana” é a do solo enquanto um simples suporte para atividades que independem de seus atributos de fertilidade.
Além de tudo isso, a cidade é, igualmente, um centro de gestão do território, por sediar as empresas. Porém, nem tudo se resume a economia! A cultura desempenha um papel crucial na produção do espaço urbano e na projeção da importância de uma cidade para fora de seus limites físicos, assim como o poder.
Cada pais adota os seus próprios critérios oficiais para estabelecer o que é um cidade, ou, mais amplamente, um núcleo tido como propriamente urbano.
Na verdade, a diversificação das atividades econômicas das cidades não dependem só do seu tamanho demográfico, do seu número de habitantes. Ela ocorrem, também, muito em função da renda das pessoas que lá moram, além de outros fatores histórico-culturais. E por fim, a centralidade, e, por conta disso, o status do núcleo como centro de gestão do território, terá igualmente, não só a ver com a quantidade de habitantes, mas também, com a renda dos habitantes e outros fatores.
Costuma-se pensar em uma cidade como entidade isolada e fortemente individual: a cidade x (uma cidade qualquer, hipotética) foi fundada em algum momento, há alguns ou muitos séculos, cresceu e sofisticou –se. Uma aglomeração urbana se forma quando duas ou mais cidades passam a atuar como um “minissitema urbano” em escala local, ou seja, seus vínculos se tornam muitíssimo fortes, no sentido acima exposto .
Se uma das cidades que formam uma aglomeração urbana crescer demais, apresentado-se como uma cidade grande e com uma de influência econômica, pelo menos regional, então não se está mais diante de uma simples aglomeração, mas de uma metrópole. Uma metrópole é também, por conseguintes, em escala local, polarizado, esse sistema, por uma cidade principal, que abriga o núcleo metropolitano.
No Brasil, foram criadas, na década de 70, nove regiões metropolitanas . Não resta dúvidas de que se tratava de reconhecer, formalmente,a existência de metrópoles de fato. É evidente, assim, que a criação e a gestão dessas primeiras regiões metropolitanas se deram sob a égide do centralismo e do autoritarismo. Uma megalópole é, também uma espécie de “sistema urbano” fortemente integrado, inclusive por fluxos de deslocamento diário de passageiros na base de transportes coletivos de massa. Só que, diferentemente das metrópoles, as megalópoles não são, do ponto de vista físico, entidades locais; elas se espraiam por áreas muito maiores, em escala regional ou, pelo menos, sub regional. De fato, megalópoles são formados por duas ou mais metrópoles, que se acham “costuradas”, por fluxos de modo semelhantes como cada metrópole individual se acha articulada internamente.
Por último, o termo “megacidades” fez suas aparições há alguns anos, popularizados a partir do ambiente anglo-saxão(megacites). O fato é aquilo que se chama de “megacidade” são, no fundo metrópoles. Talvez para chama mais atenção do grande público, tomando um termo de uso tão comum(cidade) e acrescentado-lhe um prefixo capaz de emprestar-lhe força dramática (mega).
Contribuição: Conteúdo fichado de obras de Roberto Lobato Corrêa.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

A TERRA EM MOVIMENTO E AS PLACAS TECTÔNICAS

Um dos assuntos mais interessantes estudados por geólogos é aquele referente à estrutura da Terra e as transformações que ocorrem no planeta. A maior parte dos processos de mudança, principalmente aqueles de abrangência global, são operados tão lentamente que os mesmos não são perceptíveis numa escala de tempo humano. Mas eles ocorrem de forma inexorável transformando a paisagem da Terra.
Forças internas do planeta agindo durante bilhões de anos elevam grandes massas rochosas (Cordilheira Andina e Alpina), dobram duras camadas de rocha e conseguem mesmo separar e mover continentes e abrir oceanos, rearranjando o mapa do mundo.Periodicamente, o homem se dá conta das forças extraordinárias do planeta, cuja magnitude pode ser avaliada nos grandes eventos dos terremotos, durante os quais grandes fendas se abrem no chão, prédios inteiros são destruídos, pontes e viadutos são levantados, suas estruturas de aço distorcidas, e alterações imponentes ocorrem na superfície dos terrenos num curtíssimo espaço de tempo. Do mesmo modo, erupções vulcânicas modificam rapidamente a paisagem, criando ou destruindo montanhas. Essas forças endógenas do planeta são responsáveis pela dinâmica presente na crosta terrestre. A Teoria das Placas Tectônicas, na qual a superfície da Terra (Litosfera) está dividida em placas relativamente finas (contendo continentes ou não) que se movem e se chocam, provocando terremotos, erupções vulcânicas e formando cadeias montanhosas, é fruto da capacidade imaginativa e científica de figuras importantes do mundo geológico.
A idéia de uma movimentação relativa entre os continentes pode ser inicialmente encontrada nos escritos de Francis Bacon, datados de 1620. Bacon impressionou-se com o fato de que o contorno da costa leste americana casava quase que perfeitamente com o contorno da costa oeste da África e Europa.A hipótese de uma possível deriva continental (continental drift) foi apresentada ao conhecimento público no começo do século XX pelo meteorologista alemão Alfred Wegener. Ele baseou-se principalmente em estudos e evidências de natureza climatológica para justificar a Teoria da Deriva Continental. Analisando registros paleoclimáticos nos diversos continentes, notou que nos Períodos Geológicos do Carbonífero (345 milhões de anos atrás) e Permiano (280 milhões de anos atrás), a África, a Austrália, a Antártica, a América do Sul e a península da Índia encontravam-se em período glacial. No mesmo Tempo Geológico, os grandes depósitos de carvão mineral estavam sendo formados na América do Norte, Europa e Ásia, e condições desérticas prevaleciam em toda a região norte. Os depósitos de carvão e os desertos são indicativos de clima quente, que ocorrem hoje em regiões tropicais e equatoriais. Aquelas condições climáticas não poderiam ser explicadas pela atual disposição espacial dos continentes, a não ser que os mesmos estariam sofrendo um movimento de deriva relativa. Wegener tentou demonstrar que ao se agrupar todos os continentes numa única massa continental (Pangea), no Período Permocarbonífero, com a América do Sul bem próxima ao Pólo Norte, poder-se-ia explicar a condição climática glacial reinante nos continentes anteriormente indicados.
Da mesma forma, pelo arranjo proposto, a América do Norte, Europa e Ásia estaria localizados em zonas paleoclimáticas tropicais próximas à linha do Equador. Wegener publicou seus estudos em 1915 "A origem dos continentes e oceanos", mas não conseguindo explicar que forças seriam capazes de mover imensos blocos continentais, e com a sua morte em 1930, a Teoria da Deriva Continental foi posta em esquecimento.
Com os avanços científicos que se seguiram decorrentes do desenvolvimento de novos instrumentos e tecnologias de investigação, a partir da metade do século, pode-se constatar novas evidências geológicas indicativas do movimento das placas terrestres. A descoberta e os estudos realizados ao longo das Cadeias Meso-oceânicas (oceanic spreading ridge) que constitui um sistema contínuo de elevações do piso oceânico, com forte atividade sísmica e vulcânica, por exemplo a Cadeia Meso-Atlântica, que se extende continuamente quase exatamente no centro do Oceano Atlântico, deu margem ao desenvolvimento da Tese de Expansão do Fundo Oceânico. Pode-se dizer que a Teoria de Placas Tectônica é fruto dos estudos de Deriva Continental e dos estudos da Expansão do Fundo Oceânico

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Texto 1 - O que é Política

É derivação grega a palavra “política”, que em seu sentido original significava “Politikos” que esta relacionada à cidade, porém ao conceito de polis que é mais abrangente do que cidade, entre os séculos 8 e 6 ac. Surgiram na Grécia as “polis”, cidades-estado, estas eram quase que como países atuais, Esparta e Atenas são as mais famosas, inicialmente a palavra política fazia referencia a tudo o que é urbano, civil, público, este significado expandiu-se com a obra Política de Aristóteles (384-322 ac.), onde passou a designar-se política como a arte ou ciência do governo, durante muito tempo passou a designar os estudos dedicados a atividade humana que de alguma forma se relacionam ao governo, porém em na atualidade representa as atividades praticas relacionadas ao exercício do poder do estado; sendo assim esta intimamente relacionada o conceito de política ao conceito de poder, segundo Bertrand Russerll (1872-1970), filósofo britânico “conjunto dos meios que permite alcançar os fins desejados”. O domínio da natureza pelo homem seria um desses meios o outro é o domínio do homem sobre o próprio homem, o poder político é apenas uma das formas de poder do homem sobre o homem, existe ainda o poder econômico, o ideológico. No poder político é possível valer-se da força como meio para exercer a vontade diante disto este pode ser considerado o poder supremo, para tanto o poder político conta com o apoio da sociedade, onde por intermédio do estado se exercita as punições quando estas são necessárias, ainda pode se destacar no poder político a universalidade e a inclusividade; o poder político possui limites, porém estes variam de acordo com o tipo de Estado, a política tem como objetivo a ordem pública e a defesa do território nacional e o bem social da população, este assunto mesmo não estando explicito nas conversas diárias é fundamental a vida de todos, pois através da política se constrói a vida da população, não podemos ingenuamente nos abster, cabe a população a discussão e pressão dos governantes.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Ser Professor

Esta e uma forma de homenagem a todos os professores desta cidade que sofre com falta de uma politica educacional. Citado em especial a Professora Luciana, meu apoio e estima.

Ser professor é professar a fé e a certeza de que tudo terá valido a pena se o aluno sentir-se felizpelo que aprendeu com você e pelo que ele lheensinou... Ser professor é consumir horas e horas pensando em cada detalhe daquela aula que, mesmo ocorrendotodos os dias, a cada dia é única e original... Ser professor é encontrar pelo corredor com cadaaluno,olhar para ele sorrindo, e se possível, chamando-opelo nome para que ele se sinta especial... Ser professor é entrar cansado numa sala de aula e, diante da reação da turma, transformar o cansaço numa aventura maravilhosa de ensinar e aprender... Ser professor é envolver-se com seus alunos nos mínimos detalhes, vislumbrando quem está mais alegre ou mais triste, quem cortou os cabelos, quem passou a usar óculos, quem está preocupado ou tranquilo demais, dando-lhe a atenção necessária...Ser professor é importar-se com o outro numa dimensão de quem cultiva uma planta muito rara que necessita de atenção, amor e cuidado. Ser professor é equilibrar-se entre três turnos de trabalho e tentar manter o humor e a competência para que o último turno não fique prejudicado... Ser professor é ser um "administrador da curiosidade"de seus alunos, é ser parceiro, é ser um igual na horade ser igual, e ser um líder na hora de ser líder, é saber achar graça das menores coisas e entender que ensinar e aprender são movimentos de uma mesma canção: a canção da vida... Ser professor é acompanhar as lutas do seu tempo pelo salário mais digno, por melhores condições detrabalho, por melhores ambientes fisicos, sem misturar econfundir jamais essas lutas com o respeito e com o fazer junto aoaluno.Perder a excelência e o orgulho, jamais! Ser professor é saber estar disponível aos colegas e ter um espírito de cooperação e de equipe na troca enriquecedora de saberes e sentimentos, sem perder a própria identidade. Ser professor é ser um escolhido que vai fazer"levedar a massa" para que esta cresça e se avolume em direção a um mundo mais fraterno e mais justo. Ser professor é ser companheiro do aluno, "comer do mesmo pão", onde o que vale é saciar a fome de ambos, numa dimensão de partilha.. Ser professor é ter a capacidade de "sair de cena, sem sair do espetáculo". Ser professor é apontar caminhos, mas deixar que o aluno caminhe com seus próprios pés...